22 maio 2009

Sobre Thomas Bernhard


Novelist, dramatist, and poet, whose merciless analysis of the mentality of his fellow countrymen earned him the reputation of the enfant terrible of Austrian literature. Central themes in Bernhard's work are death, suffering, and the hopelessness of the world in which we live.

"Art altogether is nothing but a survival skill, we should never lose sight of this fact, it is, time and again, just an attempt - an attempt that seems touching even to our intellect - to cope with this world and its revolting aspects, which, as we know, is invariably possible by resorting to lies and falsehoods, to hypocrisy and self-deception, Roger said." (from Old Masters, 1985)


Bernhard's novels are populated with physically and mentally defective characters, stupid peasants, isolated artists, criminals, hypocrites and philistines. Disillusioned cold perspective, shaped by his childhood experiences and harsh years during WWII, marks his attitude toward the whole society, his disdain of the masses, for their taste and general brutality. In the novel Ja (1978, Yes) the protagonist says yes to suicide.

Fonte: http://www.kirjasto.sci.fi/bernhard.htm

2 comentários:

  1. Bem, estamos finos, hã? Produção on-line... muito bem =)

    Rita

    ResponderEliminar
  2. Dramoletes é um conjunto de "formas breves", o que lhes define o perfil. As personagens, apanhadas como um todo no primeiro traço e a fábula linear, clara, o tempo apertado. É isso que nestas peças faz a sua diferença específica - ele é aliás um autor de longos monólogos contrapostos, um autor que não foge da palavra e que a assume mesmo torrencial.
    E são quatro peças curtas, parte da produção bernhardiana de dramoletesque, na realidade, é mais extensa. "Tudo ou nada" tenta corresponder à intenção original do autor, a surpreendente exposição da sobrevivência de traços autoritários, nazis prpriamente apesar de inconsistentes, puramente agressivos e fora de tempo, na mentalidade de certos conservadorismos locais e nacionais. O que não é sequer uma especificidade alemã ou austríaca. Por cá a xenofobia e um certo arcaísmo conservador aí estão. É muito frequente ouvir dizer: a falta que faz um Salazar. E não é por acaso que em Santa Comba Dão lhe ergueram estátua e puseram nome na praça. Eles sabem o que querem, os que fizeram isto.
    Bernhard não poupa os seus, o que não significa que seja um teatro político no primeiro grau. O seu humor, eminentemente rítmico e musical, é cáustico e poético, associativo. Encontra nestes comportamentos um campo de aplicação preferencial. É do horror ao bafio que se trata, do vírus que degrada a liberdade e a nega constantemente, uma certa pulsão autoritária e genocida. A sua poesia é certamente saudavelmente iconoclasta, não deixando de ser analítica.

    ResponderEliminar